Sabe-se, também, que 80% das vítimas de ASI conhecem seus abusadores. Desse grupo, aproximadamente 68% é membro da própria família. 80% dos abusadores são homens e 20% mulheres. A média de idade do início do ASI é de 9,2 anos para as mulheres e 7,8 a 9,7 para os homens.
Dos casos de ASI intrafamiliar, 75% é pai-filha (incluindo padrastos, namorados da genitora morando na mesma casa, ou outros que tenham papel paternal), enquanto 25% dos casos são de mulheres-criança ou irmã- irmã.
Esses estudos indicam que meninas são mais abusadas sexualmente dentro do ambiente familiar, enquanto garotos e crianças maiores são mais abusados fora da família.
No Brasil, O Serviço de Advocacia da Criança (SAC), entidade ligada à Ordem dos Advogados do Brasil, fez uma pesquisa a partir de processos registrados em 1988,1991 e 1992 para chegar à seguinte cifra: das 20.400 denúncias de maus-tratos `a criança que chegam anualmente ao conhecimento da Justiça, 13% referem-se a situações de abuso sexual, o que resulta em 2.700 novos casos a cada 12 meses.
O ASI pode ser intrafamiliar ou extrafamiliar; este, por sua vez, pode ser com adultos conhecidos ou desconhecidos. Menção especial deve ser feito aos abusos sexuais institucionais, os quais são perpetrados em instituições encarregadas de zelar pelo bem-estar da criança.
O ASI intrafamiliar é definido como qualquer forma de atividade sexual entre uma criança e um membro imediato da família ( pai, padrasto, irmão ), extensivo ( tio, avô, tia, primo )ou parentes substitutos ( um adulto o qual a criança considere como um membro da família ).
O ASI intrafamiliar também é conhecido com incesto. Existem cinco tipos de relações incestuosas: pai-filha, irmão-irmã, mãe-filha, pai-filho, mãe-filho. Destes, é possível que irmão-irmã seja o tipo mais comum. Entretanto, o mais relatado é entre pai e filha (75% dos casos ). Mãe-filho é considerado o tipo mais patológico, sendo freqüente sua associação com psicose. Por outro lado, o do tipo irmão-irmã provavelmente acarrete menores seqüelas.
Até muito recentemente, o abuso sexual de crianças era tratado como um assunto proibido na sociedade. Entretanto, de alguns anos pra cá esse tabu vem sendo quebrado, principalmente por conta da ação dos movimentos feministas, visto ser a mulher a vítima mais comum. E o que tem sido encontrado é alarmante, não apenas em freqüência de tais práticas, mas também em termos de conseqüências biopsicossociais. A criança, além de todo o sofrimento durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazo; e uma simples intervenção precoce e efetiva pode ter impacto decisivo, a longo prazo, no crescimento e desenvolvimento da criança e um efeito positivo em todo o funcionamento da família.
Portanto, torna-se essencial que todos os profissionais de saúde que tenham contatos com crianças estejam cientes da realidade do abuso sexual infantil e estejam preparados para identificá-lo, para intervir corretamente e para ajudar a criança vítima.
O abuso sexual infantil (ASI) é definido como a exposição de uma criança a estímulos sexuais impróprios para sua idade, seu nível de desenvolvimento psicossocial e seu papel na família. A vítima é forçada fisicamente ou coagida verbalmente a participar da relação sem ter, necessariamente, a capacidade emocional ou cognitiva para consentir ou julgar o que está acontecendo.
The American Humane Association, em seus mais recentes estudos, estima o abuso sexual de crianças e adoslecentes nos Estados Unidos em 450 mil casos por ano. Apesar desses números serem altos, é consenso que o número de casos não relatados seja maior que o número de casos notificados, devido ao segredo e vergonha que são inerentes ao ASI. Estima-se que uma em cada três mulheres e um de cada seis homens passem por um episódio de abuso sexual. Estudos têm revelado que os homens se abstêm de notificar o abuso sexual, devido ao medo e à vergonha de serem rotulados como homossexuais. Sabe-se, também, que 80% das vítimas de ASI conhecem seus abusadores. Desse grupo, aproximadamente 68% é membro da própria família. 80% dos abusadores são homens e 20% mulheres. A média de idade do início do ASI é de 9,2 anos para as mulheres e 7,8 a 9,7 para os homens.. Dos casos de ASI intrafamiliar, 75% é pai-filha (incluindo padrastos, namorados da genitora morando na mesma casa, ou outros que tenham papel paternal), enquanto 25% dos casos são de mulheres-criança ou irmã- irmã. Esses estudos indicam que meninas são mais abusadas sexualmente dentro do ambiente familiar, enquanto garotos e crianças maiores são mais abusados fora da família.
No Brasil, O Serviço de Advocacia da Criança (SAC), entidade ligada à Ordem dos Advogados do Brasil, fez uma pesquisa a partir de processos registrados em 1988,1991 e 1992 para chegar à seguinte cifra: das 20.400 denúncias de maus-tratos `a criança que chegam anualmente ao conhecimento da Justiça, 13% referem-se a situações de abuso sexual, o que resulta em 2.700 novos casos a cada 12 meses.
O ASI pode ser intrafamiliar ou extrafamiliar; este, por sua vez, pode ser com adultos conhecidos ou desconhecidos. Menção especial deve ser feito aos abusos sexuais institucionais, os quais são perpetrados em instituições encarregadas de zelar pelo bem-estar da criança.
O ASI intrafamiliar é definido como qualquer forma de atividade sexual entre uma criança e um membro imediato da família ( pai, padrasto, irmão ), extensivo ( tio, avô, tia, primo )ou parentes substitutos ( um adulto o qual a criança considere como um membro da família ).
O ASI intrafamiliar também é conhecido com incesto. Existem cinco tipos de relações incestuosas: pai-filha, irmão-irmã, mãe-filha, pai-filho, mãe-filho. Destes, é possível que irmão-irmã seja o tipo mais comum. Entretanto, o mais relatado é entre pai e filha (75% dos casos ). Mãe-filho é considerado o tipo mais patológico, sendo freqüente sua associação com psicose. Por outro lado, o do tipo irmão-irmã provavelmente acarrete menores seqüelas.
Existem três tipos de relações familiares incestuosas, envolvendo pai e filha, referidos na literatura: tipo intrafamiliar, tipo multiproblemático e tipo acidental.
Tipo intrafamiliar - Este é o tipo mais comum. Raramente é feito o diagnóstico, pois a família parece levar uma vida normal e tranqüila na comunidade. Entretanto, com um exame mais apurado, percebe-se que apresentam um contato limitado com o mundo extrafamiliar. Nessas famílias, as fronteiras entre os diversos subsistemas não são nítidas e sim difusas, com confusão de papéis sociais e psicológicos entre seus membros. Pai e mãe sofreram privações que comprometem suas capacidades de assumir seus papéis de pais.
O incesto ocorre envolvendo três pessoas: o pai, a mãe e a criança. O pai comumente possui uma personalidade passiva e introvertida, apesar de , superficialmente, parecer dominador. Sente-se incapaz de exercer seu papel de pai e de marido. Geralmente inicia as relações incestuosas com a filha durante um período de estresse, solidão ou dependência, como durante perda de emprego ou conflitos conjugais. A atividade incestuosa pode não ser motivada pelo sexo, mas representar uma necessidade de afeto.
O pai obtém gratificações e conforto através da relação sexual. Freqüentemente, inicia-se como uma simples carícia e, gradualmente, torna-se de natureza cada vez mais sexual. Geralmente, há uma vida sexual pobre entre o casal.
A mãe geralmente possui história de abuso sexual em sua infância e provém de "broken homes" ( lares quebrados ). Ela própria sofreu, no passado, privação materna e foi recipiente de ressentimentos e hostilidades de sua própria mãe. Geralmente, é descrita como deprimida, apresentando, portanto, baixa auto-estima, passividade e isolacionismo.
Na maioria das vezes assume papel de protetora do marido, mas é insensível às necessidades emocionais da filha, não conseguindo dar-lhe suporte emocional adequado. Freqüentemente tem uma vida sexual insatisfatória e possui existência atribulada, ausentando-se de casa devido ao trabalho ou atividades sociais. As funções maternas como cozinha, limpeza e educação, além das sexuais, são passadas para a filha mais velha. A mãe parece mais filha do que mãe. Apesar de ter conhecimento do incesto, pode ignorá-lo ou até mesmo incentivá-lo, pois sua filha a está substituindo em um papel no qual se sente incapaz e que não deseja para si.
A mãe facilita a situação incestuosa, pois desse modo está reeditando a situação de sua infância: sua filha assume o papel de mãe má, que a despreza e rejeita. Deste modo, projeta na filha seus sentimentos hostis em relação à sua própria mãe e vivência a situação como ela sendo novamente a vítima das hostilidades maternas. Esta é uma tentativa neurótica de elaboração de sua própria dificuldade no relacionamento com sua própria mãe. Portanto, este mecanismo de identificação projetiva exerce um papel facilitador para a ocorrência do incesto.
Para manter a aparência de normalidade, ambos, pai e mãe, concordam consciente ou inconscientemente que a relação incestuosa é mais aceita do que uma relação extra-marital, que poderia levar a uma ruptura do casamento e da família.
A criança poucas vezes relata o incesto antes de chegar à adolescência, uma vez que está envolvida na trama familiar e é profundamente dependente desses pais, que são os únicos adultos com quem, em geral, ela pode contar. Além disso, como possui com a mãe um relacionamento insatisfatório, isso perpetua um funcionamento em nível oral, podendo levar a menina a voltar-se para o pai, numa tentativa de suprir suas necessidades de ser cuidada, alimentada e amada. Segundo Bárbara Broks, o incesto poderia estar significando esta busca de satisfação oral e isso explicaria a longa duração que, usualmente, observa-se nessas relações incestuosas. O incesto dura, em média, vários anos, com uma média de seis meses a sete ou oito anos.
Neste tipo de família, a relação incestuosa, geralmente, inicia-se com a filha mais velha. Outras filhas serão envolvidas quando deixar a casa paterna ou quando terminar a relação. Trata-se de uma relação perversa, que tem suas origens no primitivo desenvolvimento psicossexual de todas as crianças em que, na fantasia, tais relações são desejadas e permitidas.
Tipo multiproblemático - Neste tipo de família, o problema do incesto é mais facilmente identificado, pois é mais um aspecto a somar, na total desorganização familiar. É comum a associação com o alcoolismo, violência, abuso físico, delinqüência e doença mental. Há uma estrutura familiar caótica, não existindo uma relação próxima entre seus membros. A criança tanto pode ser vítima do abuso físico quanto sexual.
Tipo acidental - O pai, geralmente sob influência do álcool, comete o abuso sexual que, na maioria das vezes, não envolve coito. Esta forma de incesto pode ocorrer em famílias estáveis, nas quais existem boa relação pai-filha. Em geral, restringe-se a um episódio único, e o pai sente culpa e remorso. O ASI extrafamiliar é definido como qualquer forma de atividade sexual entre um não membro da família e uma criança. Na maioria dos casos de ASI extrafamiliar, o adulto é conhecido da criança. O adulto tem geralmente acesso a criança como visitante ( por exemplo: o amigo do pai, vizinho) ou como um "tomador de contas"(babá, professor, religioso). Existem, porém, casos de ASI extrafamiliar em que o responsável pelo abuso não é conhecido da criança. Os episódios são únicos e ocorrem com maior freqüência fora do ambiente familiar, incluindo atos sem violência física, como a pedofilia, ou até os atos violentos como o estupro. Como não há envolvimento direto da família, os pais e a criança com freqüência procuram rapidamente atendimento do profissional de saúde, contando uma história clara de abuso.
Segundo a gravidade do ato, os abusos sexuais podem ser divididos em : abusos sensoriais, como pornografia, exibicionismo, linguagem sexualizada; abusos por estimulação: como carícias impróprias em partes consideradas íntimas, masturbação, contatos genitais incompletos; abusos por realização: tentativas de violação ou penetração oral, anal, genital.
Existe um curso padrão que culmina com o abuso sexual da criança. No primeiro estágio, uma aproximação é feita. Aqui o perpetrador tem acesso à criança e oportunidade para comportamento inapropriado. O abusador articula situações que permitam ficar sozinho com a criança. A criança pode ser ameaçada se recusar a participar ou pode ganhar uma recompensa pela cooperação. O próximo estágio é a fase de atividade sexual típica, na qual o adulto pode progredir do olhar para as carícias ou comportamentos sexuais mais invasivos, como penetração do pênis ou sexo orogenital. Neste estágio, faz-se um pedido de segredo. A criança pode ser ameaçada com a perda das recompensas ou com violência física, caso ela conte o "segredo especial". Alguns adultos ameaçam machucar a criança ou a si próprios. Outra ameaça comum é a de que a família será desfeita e a criança forçada a morar em uma casa de estranhos. No estágio de revelação, o abuso se torna conhecido. Isto pode ocorrer acidentalmente ou de propósito. A próxima fase é a de supressão. A criança se retrai sobre o abuso, devido às ameaças feitas pelo perpetrador ou pela negação dos pais ou pressão familiar para negar o abuso. A criança pode sentir-se parcialmente envergonhada ou querer proteger o abusador. Finalmente, o abuso deve parar e iniciar-se a fase de resolução. O ASI pode produzir feridas emocionais profundas, com efeitos de longa duração. Geralmente, o tratamento para seqüelas mais graves requer anos.
O profissional de saúde deve estar preparado para identificar não apenas os casos de abuso sexual em que há evidência de violência, como também aqueles casos intrafamiliares, sem danos físicos, em que o diagnóstico deve ser investigado minuciosamente.
O abuso sexual envolvendo membros da família, geralmente, não se constitui na queixa principal da consulta, de modo que o diagnóstico inicial pode passar desapercebido. Outros fatores concorrem para dificultar a identificação desses casos. A negação do problema, usualmente observada tanto por parte profissional de saúde quanto da própria família, deve ser destacada.
O ASI chega ao serviço de saúde de três formas: como queixa específica, feita pela vítima ou seus familiares; por outras pessoas, que se preocupam com a possibilidade de que o abuso possa estar ocorrendo; ou, finalmente, como causa subjacente do problema principal da consulta, que surge após avaliação minuciosa, mesmo que o problema principal não tenha relação aparente com o abuso.
Poucas vezes o abuso sexual é a queixa principal. Além disso, os serviços de emergência se constituem em sua principal via de acesso. Desse modo, na maioria das vezes escapa à detecção por exigir tempo e necessitar de uma equipe multidisciplinar integrada para sua identificação e atendimento adequado. Associa-se a isto a falta de treinamento para o reconhecimento e o manejo do mesmo pelo profissional de saúde.
A avaliação deve iniciar com a entrevista do adulto que trouxe a criança (sem a presença dessa). Durante a entrevista devem ser observados e documentados a história , o senso de percepção do adulto e sua resposta emocional ao evento. A criança deve, então, ser entrevistada separadamente. Deve-se iniciar com questões sobre a casa da criança, a escola e assim por diante, gradualmente direcionado para a configuração da família e , finalmente, para a suspeita de abuso propriamente dito. Os profissionais que entrevistam crianças devem lembrar que as perguntas iniciais não devem ser diretas, visando encorajar frases e sentenças espontâneas por parte da criança; porém, geralmente, crianças jovens requerem questões mais específicas para provocar sua memória do evento, pois assim, podem revelar espontaneamente os detalhes.
Recentemente, investigadores têm enfocado a possível contribuição de desenhos das crianças e jogos ou brincadeiras com bonecas anatômicas para confirmação de abuso sexual.
A American Medican Association (AMA) estabeleceu um guia específico para se entrevistar uma criança com suspeita de abuso sexual ( Quadro 1 ).
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Abusador é diferente de pedófilo
Em abusadores sexuais de crianças
Uma pessoa que pratica um ato sexual com uma criança é, apesar de todas as definições médicas, comumente assumido e descrito como sendo um pedófilo. Porém, existem outras razões que podem levar ao ato (tais como estresse, problemas no casamento, ou a falta de um parceiro adulto), tal como o estupro de pessoas adultas pode ter razões não-sexuais. Por isto, somente o abuso sexual de crianças pode indicar ou não que um abusador é um pedófilo. A maioria dos abusadores em fato não possuem um interesse sexual voltado primariamente para crianças.
Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual em crianças sejam pedófilos, tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Abusadores que não atendem aos critérios regulares de diagnóstico da pedofilia são chamados de abusadores oportunos, regressivos ou situacionais. Um estudo de Abel, G. G, Mittleman, M. S, e Becker, J. V observou que existem geralmente claras distinções características entre abusadores oportunistas e pedófilos estruturados. Abusadores oportunistas tendem a cometer abuso sexual contra crianças em períodos de estresse, possuem poucas vítimas, geralmente, pertencentes à própria família, possuem menos probabilidade de abusar sexualmente de crianças, e possuem preferência sexual para adultos.
Abusadores pedófilos, por outro lado, geralmente começam a cometer atos de natureza sexual a crianças em tenra idade, muitas vezes possuem um grande número de menores que são frequentemente extrafamiliares, cometem mais abusos sexuais com crianças, e possuem valores ou crenças que suportam fortemente um estilo de vida voltado ao abuso.
No caso de incesto entre pais e filhos, acredita-se que a maioria dos abusos envolve pais que são abusadores oportunistas, ao invés de pedófilos.
Uma pessoa que pratica um ato sexual com uma criança é, apesar de todas as definições médicas, comumente assumido e descrito como sendo um pedófilo. Porém, existem outras razões que podem levar ao ato (tais como estresse, problemas no casamento, ou a falta de um parceiro adulto), tal como o estupro de pessoas adultas pode ter razões não-sexuais. Por isto, somente o abuso sexual de crianças pode indicar ou não que um abusador é um pedófilo. A maioria dos abusadores em fato não possuem um interesse sexual voltado primariamente para crianças.
Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual em crianças sejam pedófilos, tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Abusadores que não atendem aos critérios regulares de diagnóstico da pedofilia são chamados de abusadores oportunos, regressivos ou situacionais. Um estudo de Abel, G. G, Mittleman, M. S, e Becker, J. V observou que existem geralmente claras distinções características entre abusadores oportunistas e pedófilos estruturados. Abusadores oportunistas tendem a cometer abuso sexual contra crianças em períodos de estresse, possuem poucas vítimas, geralmente, pertencentes à própria família, possuem menos probabilidade de abusar sexualmente de crianças, e possuem preferência sexual para adultos.
Abusadores pedófilos, por outro lado, geralmente começam a cometer atos de natureza sexual a crianças em tenra idade, muitas vezes possuem um grande número de menores que são frequentemente extrafamiliares, cometem mais abusos sexuais com crianças, e possuem valores ou crenças que suportam fortemente um estilo de vida voltado ao abuso.
No caso de incesto entre pais e filhos, acredita-se que a maioria dos abusos envolve pais que são abusadores oportunistas, ao invés de pedófilos.
domingo, 21 de junho de 2009
Abuso sexual infantil. Mente e cérebro
25 de agosto de 2008
Abuso sexual na infância pode levar ao suicídio
Crime praticado por pessoa da família costuma causar danos mais graves à saúde mental.
Abuso sexual e, em menor escala, violência física durante a infância podem ser associados ao suicídio na idade adulta. Um novo estudo, publicado na edição de agosto do British Journal of Psychiatry, confirmou a vinculação entre essas ocorrências. A pesquisa foi realizada com 3.388 crianças que freqüentavam escolinhas de língua francesa, em Quebec, Canadá, recrutadas entre 1986 e 1988.
O contato sexual foi relatado por 10% das crianças (8% delas meninas); a violência física por 20,6% (a maioria garotos) e ambos os tipos de abuso por 8% dos alunos. O tipo considerado menos grave de contato sexual abusivo, envolvendo toque, foi o mais freqüente – apontado por 49% dos entrevistados.
Cerca de 25% das crianças disseram ter sofrido ameaças e sido vítimas do uso de força e agressividade por parte dos adultos. Em um terço dos casos de abuso sexual o agressor era um membro da família e em cerca de dois terços a violência ocorreu repetidas vezes. O estudo indicou que aqueles submetidos a repetidas experiências de violência geralmente se mostravam mais vulneráveis emocionalmente, que os que enfrentaram uma única ocorrência.
O grupo de não abusados apresentou menor prevalência de tentativas de suicídio durante a vida (6%) que os que sofreram abuso físico (12%), abuso sexual (15%) e ambos os tipos de abuso (32%). Há consenso entre os pesquisadores de que o abuso sexual cometido por uma pessoa da família (como o pai, padrasto ou irmão) costuma trazer mais risco de desorganização psíquica para a vítima. Já o ato praticado por um parente mais distante (como tio ou primo) carrega um risco intermediário; enquanto o abuso cometido por pessoa de fora da família em geral é mais facilmente superado. De acordo com os pesquisadores, isso se explica pelo fato de que o abuso praticado por pessoas afetivamente mais ligadas à criança ocorre, em geral, em grupos familiares com múltiplos problemas, e que não oferecem condições de segurança e superação após o abuso.
© Duetto Editorial. Todos os direitos reservados.
Abuso sexual na infância pode levar ao suicídio
Crime praticado por pessoa da família costuma causar danos mais graves à saúde mental.
Abuso sexual e, em menor escala, violência física durante a infância podem ser associados ao suicídio na idade adulta. Um novo estudo, publicado na edição de agosto do British Journal of Psychiatry, confirmou a vinculação entre essas ocorrências. A pesquisa foi realizada com 3.388 crianças que freqüentavam escolinhas de língua francesa, em Quebec, Canadá, recrutadas entre 1986 e 1988.
O contato sexual foi relatado por 10% das crianças (8% delas meninas); a violência física por 20,6% (a maioria garotos) e ambos os tipos de abuso por 8% dos alunos. O tipo considerado menos grave de contato sexual abusivo, envolvendo toque, foi o mais freqüente – apontado por 49% dos entrevistados.
Cerca de 25% das crianças disseram ter sofrido ameaças e sido vítimas do uso de força e agressividade por parte dos adultos. Em um terço dos casos de abuso sexual o agressor era um membro da família e em cerca de dois terços a violência ocorreu repetidas vezes. O estudo indicou que aqueles submetidos a repetidas experiências de violência geralmente se mostravam mais vulneráveis emocionalmente, que os que enfrentaram uma única ocorrência.
O grupo de não abusados apresentou menor prevalência de tentativas de suicídio durante a vida (6%) que os que sofreram abuso físico (12%), abuso sexual (15%) e ambos os tipos de abuso (32%). Há consenso entre os pesquisadores de que o abuso sexual cometido por uma pessoa da família (como o pai, padrasto ou irmão) costuma trazer mais risco de desorganização psíquica para a vítima. Já o ato praticado por um parente mais distante (como tio ou primo) carrega um risco intermediário; enquanto o abuso cometido por pessoa de fora da família em geral é mais facilmente superado. De acordo com os pesquisadores, isso se explica pelo fato de que o abuso praticado por pessoas afetivamente mais ligadas à criança ocorre, em geral, em grupos familiares com múltiplos problemas, e que não oferecem condições de segurança e superação após o abuso.
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segunda-feira, 15 de junho de 2009
Brasil: álcool é combustível da violência doméstica
SÃO PAULO - Novo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), feito com 7 mil famílias em 108 cidades do Brasil, comprova que o álcool funciona como combustível da violência doméstica. Nas entrevistas feitas durante um ano, os pesquisadores identificaram que em quase metade das agressões que acontecem dentro de casa (49,8%) o autor das surras estava embriagado. A relação entre bebida alcoólica e maus-tratos já era considerada pelos especialistas, mas a evidência científica foi comprovada nacionalmente só com o ensaio científico.
A tolerância à agressão também é decifrada pela associação entre violência e álcool, afirma o autor da pesquisa da Unifesp, o psicólogo Arilton Fonseca. É muito mais fácil perdoar quando o agressor bebeu. A vítima considera o álcool o culpado e não o violentador. Acredita que, quando sóbrio, a rotina de violência cessa. Foi evidenciado ainda que violência impulsionada pela bebida alcoólica persiste por mais de 10 anos. Outro aspecto está em classes sociais. Dos agressores bêbados, 33% eram de classe média e 17%, de classe alta.
Nos dados do Disque-Denúncia 180 - que recebe ligações de todo País sobre violência doméstica, foi apurado que 48,7% das vítimas agredidas não dependem economicamente do agressor, o que, para Aparecida Gonçalves, mostra que o dinheiro não é fator principal e exclusivo para que o ciclo de agressão seja perpetuado.
A relação do álcool e o impulso para as agressões é fisiológica, explica o pesquisador do Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Andreuccetti. Segundo ele, a bebida etílica chega ao cérebro, aguça o sistema nervoso simpático, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade. A ressalva dos especialistas é que tanto violência doméstica quanto consumo de bebidas alcoólicas são fenômenos complexos. No geral, um funciona como fósforo aceso dentro de um barril de pólvora do outro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A tolerância à agressão também é decifrada pela associação entre violência e álcool, afirma o autor da pesquisa da Unifesp, o psicólogo Arilton Fonseca. É muito mais fácil perdoar quando o agressor bebeu. A vítima considera o álcool o culpado e não o violentador. Acredita que, quando sóbrio, a rotina de violência cessa. Foi evidenciado ainda que violência impulsionada pela bebida alcoólica persiste por mais de 10 anos. Outro aspecto está em classes sociais. Dos agressores bêbados, 33% eram de classe média e 17%, de classe alta.
Nos dados do Disque-Denúncia 180 - que recebe ligações de todo País sobre violência doméstica, foi apurado que 48,7% das vítimas agredidas não dependem economicamente do agressor, o que, para Aparecida Gonçalves, mostra que o dinheiro não é fator principal e exclusivo para que o ciclo de agressão seja perpetuado.
A relação do álcool e o impulso para as agressões é fisiológica, explica o pesquisador do Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Andreuccetti. Segundo ele, a bebida etílica chega ao cérebro, aguça o sistema nervoso simpático, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade. A ressalva dos especialistas é que tanto violência doméstica quanto consumo de bebidas alcoólicas são fenômenos complexos. No geral, um funciona como fósforo aceso dentro de um barril de pólvora do outro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
violência doméstica no Brasil
OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
As mulheres ainda apanham dos homens. Na contramão das diversas conquistas efetivas das mulheres, especialmente no âmbito do mercado de trabalho, e de todos os discursos de que o machismo faz parte do passado e de que há igualdade entre homens e mulheres, as estatísticas mostram que o sexo feminino continua a ser tratado com preconceito e de maneira desrespeitosa, para dizer o mínimo.
De acordo com uma pesquisa de 2000, da Comission on the Status of Women da ONU, no mundo, de cada três mulheres pelo menos uma já foi espancada ou violentada sexualmente. O dado nos faz refletir que não são apenas as mulheres de baixa renda – financeiramente dependentes do marido ou companheiro – que sofrem violência doméstica.
Em 2001, a Fundação Perseu Abramo mostrou que:
- uma em cada cinco brasileiras já foi agredida por um homem e
- pelo menos 6,8 milhões de mulheres, no Brasil, já foram espancadas pelo menos uma vez, sendo que, no mínimo, 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano – ou uma a cada 15 segundos!
A Pesquisa sobre Violência Doméstica Contra a Mulher, realizada pelo DataSenado, em 2007, acrescenta que:
- para 35% das mulheres agredidas no Brasil, a violência doméstica começa por volta dos 19 anos;
- ao menos para 28% delas, os atos de agressão se repetem e
- as causas da violência doméstica normalmente estão associadas a ciúme e embriaguez do parceiro.
Das mais de 20 mil denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), em julho de 2007:
- 73% se referiam à violência praticada pelo marido;
- 59% alegaram sofrer agressões diárias;
- 70% sentem correr risco de espancamento ou morte e
- 57% afirmaram que os agressores faziam uso de entorpecentes.
A violência contra a mulher gera prejuízos socioeconômicos.
Além de ir contra os Direitos Humanos, o Código Civil e a Constituição do país, as agressões contra as mulheres prejudicam o desenvolvimento socioeconômico. Segundo o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, cerca de 2% do PIB são gastos com saúde, segurança, perdas materiais e mortes.
Na esfera individual, as mulheres abusadas e violentadas acabam perdendo dias de trabalho e, consequentemente, correm mais risco de serem demitidas, o que gera um ciclo vicioso de dependência financeira do marido e da agressão.
A POLÊMICA DA DENÚNCIA
O assunto está cada vez mais presente na mídia, na luta dos movimentos sociais e na fala das pessoas em geral, mas admitir ser uma vítima de violência doméstica ainda é motivo de medo e vergonha para muitas mulheres.
Uma pesquisa do IBOPE, de 2006, revelou que 51% dos entrevistados conhecem, pelo menos, uma mulher que é ou já foi agredida pelo parceiro. As pessoas que mais se familiarizam com o assunto têm entre 25 e 29 anos (59%), têm ensino superior (59%) e moram na periferia (57%). Para um terço dos entrevistados, a violência contra as mulheres é o tema que mais preocupa as brasileiras, superando a AIDS e o câncer de útero e de mama.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, a quantidade de denúncias sobre a violência contra as mulheres varia de acordo com o modo como elas acreditam que a sociedade irá reagir. A maioria que não denuncia seus agressores alega ter medo de sofrer mais violência ou acredita que sua história não será levada a sério.
A versão de 2008 da pesquisa IBOPE nos leva a crer que a Lei Maria da Penha pode ajudar a alterar este quadro. Entre homens e mulheres, 68% afirmaram conhecer a lei, 33% acreditam que a lei pune a violência doméstica, 21% acham que a violência pode ser evitada ou diminuída por meio deste instrumento legal e 13% sentem que a lei, de fato, tem ajudado a resolver a questão. Depois de receberem explicação sobre seu conteúdo, 83% acreditam que ela poderá diminuir a violência contra as mulheres.
Matéria extraída e adaptada do site planeta sustentável, dia 15 de junho de 2009.
As mulheres ainda apanham dos homens. Na contramão das diversas conquistas efetivas das mulheres, especialmente no âmbito do mercado de trabalho, e de todos os discursos de que o machismo faz parte do passado e de que há igualdade entre homens e mulheres, as estatísticas mostram que o sexo feminino continua a ser tratado com preconceito e de maneira desrespeitosa, para dizer o mínimo.
De acordo com uma pesquisa de 2000, da Comission on the Status of Women da ONU, no mundo, de cada três mulheres pelo menos uma já foi espancada ou violentada sexualmente. O dado nos faz refletir que não são apenas as mulheres de baixa renda – financeiramente dependentes do marido ou companheiro – que sofrem violência doméstica.
Em 2001, a Fundação Perseu Abramo mostrou que:
- uma em cada cinco brasileiras já foi agredida por um homem e
- pelo menos 6,8 milhões de mulheres, no Brasil, já foram espancadas pelo menos uma vez, sendo que, no mínimo, 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano – ou uma a cada 15 segundos!
A Pesquisa sobre Violência Doméstica Contra a Mulher, realizada pelo DataSenado, em 2007, acrescenta que:
- para 35% das mulheres agredidas no Brasil, a violência doméstica começa por volta dos 19 anos;
- ao menos para 28% delas, os atos de agressão se repetem e
- as causas da violência doméstica normalmente estão associadas a ciúme e embriaguez do parceiro.
Das mais de 20 mil denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), em julho de 2007:
- 73% se referiam à violência praticada pelo marido;
- 59% alegaram sofrer agressões diárias;
- 70% sentem correr risco de espancamento ou morte e
- 57% afirmaram que os agressores faziam uso de entorpecentes.
A violência contra a mulher gera prejuízos socioeconômicos.
Além de ir contra os Direitos Humanos, o Código Civil e a Constituição do país, as agressões contra as mulheres prejudicam o desenvolvimento socioeconômico. Segundo o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, cerca de 2% do PIB são gastos com saúde, segurança, perdas materiais e mortes.
Na esfera individual, as mulheres abusadas e violentadas acabam perdendo dias de trabalho e, consequentemente, correm mais risco de serem demitidas, o que gera um ciclo vicioso de dependência financeira do marido e da agressão.
A POLÊMICA DA DENÚNCIA
O assunto está cada vez mais presente na mídia, na luta dos movimentos sociais e na fala das pessoas em geral, mas admitir ser uma vítima de violência doméstica ainda é motivo de medo e vergonha para muitas mulheres.
Uma pesquisa do IBOPE, de 2006, revelou que 51% dos entrevistados conhecem, pelo menos, uma mulher que é ou já foi agredida pelo parceiro. As pessoas que mais se familiarizam com o assunto têm entre 25 e 29 anos (59%), têm ensino superior (59%) e moram na periferia (57%). Para um terço dos entrevistados, a violência contra as mulheres é o tema que mais preocupa as brasileiras, superando a AIDS e o câncer de útero e de mama.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, a quantidade de denúncias sobre a violência contra as mulheres varia de acordo com o modo como elas acreditam que a sociedade irá reagir. A maioria que não denuncia seus agressores alega ter medo de sofrer mais violência ou acredita que sua história não será levada a sério.
A versão de 2008 da pesquisa IBOPE nos leva a crer que a Lei Maria da Penha pode ajudar a alterar este quadro. Entre homens e mulheres, 68% afirmaram conhecer a lei, 33% acreditam que a lei pune a violência doméstica, 21% acham que a violência pode ser evitada ou diminuída por meio deste instrumento legal e 13% sentem que a lei, de fato, tem ajudado a resolver a questão. Depois de receberem explicação sobre seu conteúdo, 83% acreditam que ela poderá diminuir a violência contra as mulheres.
Matéria extraída e adaptada do site planeta sustentável, dia 15 de junho de 2009.
domingo, 14 de junho de 2009
Pinguins gays adotam filhote
Veja o vídeo na BBC Brasil.
Clique no título ou copie o endereço:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/06/090612_pinguim_video.shtml?s
Clique no título ou copie o endereço:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/06/090612_pinguim_video.shtml?s
sábado, 13 de junho de 2009
Assistir programas de televisão influencia
Estudo da Universidade de Michigan.
Entre 1977 a 1979 entrevistaram 557 crianças entre 6 e 10 anos.
Quinze anos depois foram contatadas 329 delas. O resultado da pesquisa mostrou que as crianças que tiveram maior exposição a cenas de violência tornaram-se mais agressivas. Segundo os pesquisadores "os programas passam a mensagem de que atos violentos são justificáveis e até apropriados em certas situações. É isso o que acontece quando um herói é recompensado ao vencer o bandido com tiros, socos e pontapés."
Essa pesquisa mapeia pessoas que eram crianças em 1977. Hoje a programação está bem mais agressiva. Temos éguinha pocotó, pegadinhas, e muito produto infantil enfeitados pelos personagens e heróis da programação infantil.
Outra informação interessante para pensar as relações entre mídia e comportamento. Saibam que 19% da audiência das telenovelas é infantil. Nelas, os valores transmitidos e cultuados são ter para consumir, pareça feliz,
É essa a sociedade que queremos viver?
Entre 1977 a 1979 entrevistaram 557 crianças entre 6 e 10 anos.
Quinze anos depois foram contatadas 329 delas. O resultado da pesquisa mostrou que as crianças que tiveram maior exposição a cenas de violência tornaram-se mais agressivas. Segundo os pesquisadores "os programas passam a mensagem de que atos violentos são justificáveis e até apropriados em certas situações. É isso o que acontece quando um herói é recompensado ao vencer o bandido com tiros, socos e pontapés."
Essa pesquisa mapeia pessoas que eram crianças em 1977. Hoje a programação está bem mais agressiva. Temos éguinha pocotó, pegadinhas, e muito produto infantil enfeitados pelos personagens e heróis da programação infantil.
Outra informação interessante para pensar as relações entre mídia e comportamento. Saibam que 19% da audiência das telenovelas é infantil. Nelas, os valores transmitidos e cultuados são ter para consumir, pareça feliz,
É essa a sociedade que queremos viver?
Pedofilia e o cérebro
Matéria da BBCBrasil, 27 de novembro de 2007.
"Uma pesquisa realizada no Canadá indica que a pedofilia pode ser resultado de falhas em algumas conexões do cérebro.
Os cientistas do Centre for Addiction and Mental Health, em Toronto, usaram exames sofisticados de ressonância magnética para comparar os cérebros de pedófilos com os de homens que cometeram crimes de natureza não sexual.
Em artigo no Journal of Psychiatry Research, os pesquisadores explicam que os pedófilos estudados apresentavam menos quantidade da chamada "substância branca", responsável por fazer as ligações internas entre diferentes partes do cérebro envolvidas na excitação sexual.
Os estudiosos descobriram que algumas regiões dos cérebros dos pedófilos mostravam menos sinais de atividade do que os de outros voluntários, quando eram estimulados com material erótico.
O chefe da equipe de pesquisadores, James Cantor, explica que os pedófilos não têm a capacidade de diferenciar objetos sexuais apropriados de inapropriados justamente por causa da falta de conexões cerebrais adequadas.
Baixo QI
Em setembro, um estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que o cérebro dos pedófilos era diferente.
Até hoje, acreditava-se que a pedofilia era provocada por um trauma ou por situações de abuso na infância.
Mas o problema também já foi relacionado a um baixo quociente de inteligência (QI), o que sugere uma ligação com o desenvolvimento cerebral. Pedófilos também têm três vezes mais chances de serem canhotos.
Cantor, no entanto, diz que as recentes pesquisas não significam que pedófilos não deveriam ser considerados responsáveis criminalmente por seus atos."
Em algum outro lugar li que os traumas causados por experiências de abuso configuram o cérebro.
"Uma pesquisa realizada no Canadá indica que a pedofilia pode ser resultado de falhas em algumas conexões do cérebro.
Os cientistas do Centre for Addiction and Mental Health, em Toronto, usaram exames sofisticados de ressonância magnética para comparar os cérebros de pedófilos com os de homens que cometeram crimes de natureza não sexual.
Em artigo no Journal of Psychiatry Research, os pesquisadores explicam que os pedófilos estudados apresentavam menos quantidade da chamada "substância branca", responsável por fazer as ligações internas entre diferentes partes do cérebro envolvidas na excitação sexual.
Os estudiosos descobriram que algumas regiões dos cérebros dos pedófilos mostravam menos sinais de atividade do que os de outros voluntários, quando eram estimulados com material erótico.
O chefe da equipe de pesquisadores, James Cantor, explica que os pedófilos não têm a capacidade de diferenciar objetos sexuais apropriados de inapropriados justamente por causa da falta de conexões cerebrais adequadas.
Baixo QI
Em setembro, um estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que o cérebro dos pedófilos era diferente.
Até hoje, acreditava-se que a pedofilia era provocada por um trauma ou por situações de abuso na infância.
Mas o problema também já foi relacionado a um baixo quociente de inteligência (QI), o que sugere uma ligação com o desenvolvimento cerebral. Pedófilos também têm três vezes mais chances de serem canhotos.
Cantor, no entanto, diz que as recentes pesquisas não significam que pedófilos não deveriam ser considerados responsáveis criminalmente por seus atos."
Em algum outro lugar li que os traumas causados por experiências de abuso configuram o cérebro.
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